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1,000 Fãs Verdadeiros


A versão original deste artigo pode ser encontrada no seguinte endereço:

Explicações

Decidi traduzir este artigo e colocar aqui em meu blog pois considero um artigo importantíssimo para todos aqueles que desejam desenvolver um empreendimento digital.

Kevin Kelly é um renomado marqueteiro americano e neste artigo ele faz um belo trabalho em resumir o que seria o trabalha com mercados de nicho. Também no artigo ele demonstra como todos nós podemos nos beneficiar da escolha dum mercado que não chega a ser tão alto (e difícil) como o sonhado estrelato, mas também não tão obscuro a ponto de existirem poucas pessoas interessadas.

No artigo ele menciona sobre a cauda longa e como podemos usá-la em nossos negócios. A cauda longa é um termo bastante conhecido por parte daqueles que trabalham com SEO. Basicamente são os nichos dentro de diversos mercados. Acredito que com um exemplo fica mais fácil:

  • Futebol: a chamada cauda curta. Basicamente aqui a competição enorme porque o mercado em si é enorme. Aqueles que alcançam o estrelato são pagos justamente por se destacarem num mercado tão competitivo. O estrelato (cauda curta) não é o nosso objetivo;

  • Futebol – pessoas interessadas em subir da série C para a série B do Campeonato Brasileiro localizados na cidade de Pindamonhangaba: aqui seria um exemplo (exagerado) de uma cauda longa. Apesar de a competição para este ‘mercado' talvez não ser muito grande, você provavelmente não teria um público suficiente para conseguir ter um sustento através de seu trabalho. Agora vamos para o que o artigo prega …

  • Futebol – jovens interessados em conseguir uma vaga num grande clube de série A: aqui o foco, apesar de ainda estar dentro do mercado de futebol, já é bem menor MAS não tão pequeno (cauda longa) que não possamos criar um negócio sustentável e fazer deste o nosso ganha-pão.

Isto é a ideia por trás dos 1,000 Fãs Verdadeiros. Este meio termo entre o estrelato e a obscuridade.

Mas vamos deixar o autor explicar melhor como funciona.

Nota: tentei preservar ao máximo o estilo de escrita do autor quando traduzi o artigo. Quem acompanha aqui o blog e minha newsletter sabe que meu estilo de escrita é BEM diferente.

1,000 Fãs Verdadeiros

A cauda longa é uma famosa boa notícia para duas classes de pessoas: alguns agregadores de sorte, como Amazon e Netflix, e para 6 bilhões de consumidores. Destes dois grupos, acredito que são os consumidores que podem ter o maior benefício dos diversos tesouros escondidos numa infinidade de nichos e sub-nichos.

Mas a cauda longa é com certeza ao mesmo tempo uma benção e uma maldição para criadores. Artistas individuais, produtores, inventores e criadores são quase que desconsiderados na equação. A cauda longa não aumenta muito necessariamente as vendas dos criadores, mas em compensação acaba por adicionar uma competição enorme e uma pressão decrescente constantes nos preços. Se algum artista não se tornar um grande agregador de trabalhos de outros artistas, a cauda longa não será suficiente para oferecer uma saída e alternativa para um baixo volume de vendas.

Então, ao invés de mirar no estrelato, tapetes vermelhos e lugares que poucos conseguem alcançar, o que pode o artista fazer para escapar da cauda longa?

Uma das soluções é encontrar os seus 1,000 Fãs Verdadeiros. Ao mesmo tempo que alguns artistas descobriram e já usam essa alternativa sem necessariamente chamar por este nome, eu acredito que seja uma tentativa válida em tentar formalizar tal movimento. A premissa básica por trás dos 1,000 Fãs Verdadeiros pode ser descrita desta maneira:

Um criador como um artista, música, fotógrafo, ator, animador, designer, designer de jogos, editor de vídeos ou autor – ou em outras palavras, qualquer pessoa que estiver produzindo alguma forma de arte – precisa adquirir somente cerca de 1,000 Fãs Verdadeiros para conseguir (sobre)viver do seu trabalho.

Um fã verdadeiro é definido como alguém que irá comprar basicamente tudo o que você produzir. Eles vão dirigir mais de 300 quilômetros só para ver você cantar. Eles vão comprar a versão hiper deluxe remasterizada de algum produto seu … mesmo que eles já tenham a versão de baixa resolução. Eles vão setar um Google Alerta com o seu nome. Eles vão salvar uma página de vendas no eBay com a esperança de conseguir aquele seu produto que já saiu de linha 7 anos atrás. Eles irão aos eventos que você participar. Eles vão querer seu autógrafo. Eles vão comprar a sua camiseta, e a caneca, e o boné personalizado. Eles vão quase morrer de ansiedade somente esperando pelo seu próximo trabalho. Eles são os seus verdadeiros fãs.

Para escapar do marasmo da cauda longa, você precisa se conectar com seus Fãs Verdadeiros diretamente. Outro jeito de dizer isto é que, o que você precisa fazer, é converter mil pseudo-fãs para mil Fãs Verdadeiros.

Vamos supor, conservativamente, que cada um dos seus Fãs Verdadeiros irá dedicar o dinheiro que ganha em um dia de trabalho por ano em alguma forma de colaboração e apoio com o seu trabalho – basicamente comprando algo que você produziu. Um gasto de “um dia de trabalho por ano” é uma estimativa bem conservadora porque a verdade é que seus fãs mais-do-que-verdadeiros irão gastar bem mais que isso. Vamos então supor que, por ano, cada um dos seus Fãs Verdadeiros irá gastar cerca de $100 por ano. Se você tiver 1,000 Fãs Verdadeiros isso já dá $100,000 por ano o que, com gastos e custos moderados, já lhe proveria com um belo estilo de vida e totalmente financiado pelo seu trabalho.

Mil Fãs Verdadeiros é um número aceitável. Você conseguiria facilmente contar até 1,000. Se você, por exemplo, conseguiu um Fã Verdadeiro por dia, demoraria somente 3 anos para alcançar seu objetivo. Construir sua base de Fãs Verdadeiros é com certeza alcançável. Agradar um fã verdadeiro é agradável, e inspirador. Isto recompensa o artista de tal maneira a se manter verdadeiro com ele mesmo e com os aspectos únicos do seu trabalho, qualidades que Fãs Verdadeiros apreciam.

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